quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
ESTATUTO DA MULHER MODERNA
Artigo III
Fica estabelecida, durante séculos que todas terão um closet só para sapatos, e que esses sapatos tenham bolsas para combinar.
Artigo IV
Fica estabelecido o direito de ter um carregador de sacolas bonito e sarado.
Artigo V
Fica decretado que as chuvas nunca peguem de surpresa, para que não estrague as horas de chapinha.
Artigo VI
Fica estabelecido que possam comer chocolate e doces à vontade sem engordar.
Parágrafo único: Todas serão saradas sem ter que ficar suando em academias.
Artigo VII
Fica estabelecido a garantia de um cartão de credito ilimitado.
Artigo VII
Fica decretado que sejam muito amada, elogiada sempre que comprar um vestido novo ou mudar o cabelo. Afinal, a mulher moderna é uma diva.
Artigo I
Fica decretada a independência do sexo feminino, que a mulher não seja apenas figura materna e cuidadora do lar.
Artigo II
Fica decretado que pelo menos uma vez na semana tenha um dia a ser dedicado exclusivamente para ir ao cabeleireiro, esteticistas e renovar o modelito.
Parágrafo único:
Todas têm direito de fazer escovas progressivas, definitivas, alisamentos, hidratação, banho de petróleo, luzes e até mesmo permanente.Fica decretada a independência do sexo feminino, que a mulher não seja apenas figura materna e cuidadora do lar.
Artigo II
Fica decretado que pelo menos uma vez na semana tenha um dia a ser dedicado exclusivamente para ir ao cabeleireiro, esteticistas e renovar o modelito.
Parágrafo único:
Artigo III
Fica estabelecida, durante séculos que todas terão um closet só para sapatos, e que esses sapatos tenham bolsas para combinar.
Artigo IV
Fica estabelecido o direito de ter um carregador de sacolas bonito e sarado.
Artigo V
Fica decretado que as chuvas nunca peguem de surpresa, para que não estrague as horas de chapinha.
Artigo VI
Fica estabelecido que possam comer chocolate e doces à vontade sem engordar.
Parágrafo único: Todas serão saradas sem ter que ficar suando em academias.
Artigo VII
Fica estabelecido a garantia de um cartão de credito ilimitado.
Artigo VII
Fica decretado que sejam muito amada, elogiada sempre que comprar um vestido novo ou mudar o cabelo. Afinal, a mulher moderna é uma diva.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Não sou muito boa para escrever essas coisas, mas vamos lá...
inspirado no poema Mãos Dadas- Carlos Drummond de Andrade
Mãos dadas e sempre juntos
Gostaria de ser um poeta,
Para ter a grandeza de falar sobre um mundo púbere.
Estou entregue a vida e disposta a vivê-la
Com fé e esperança, de que um dia
Tudo chegue a seu amadurecimento.
O presente, muitas vezes nos entristece
Mas de mãos dadas e sempre juntos caminharemos.
Não é otimismo, só é preciso acreditar,
Não é ilusão, mas é necessário sonhar.
O tempo passa rápido, por isso viva intensamente,
viva seu presente!
Dayane A. Arruda
sábado, 28 de novembro de 2009
Declaração de amor
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo. Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisto de uma frase. Eu gosto de manejá-la - como gostai a de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escreve-nos atamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida. Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertence r, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queda não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
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